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O novo ordenamento político e sócio-económico

Olá!

Mais um resumo de História A - 11º ano!

Beijinhos :)





O novo ordenamento político e socioeconómico (1832/34-1851)

A ação reformadora da regência de D. Pedro O ministro de D. Pedro, José Mouzinho da Silveira, ministro da Fazenda e da Justiça (1832/1833), realizou um enorme trabalho legislativo (publicação de leis) que tinham como objetivo criar em Portugal um Estado Liberal;

 Legislação de Mouzinho da Silveira:
·         Agricultura: Aboliu a dízima, morgadios e forais (liberta os camponeses das dependências tradicionais);
·         Comércio: Acabou com as alfândegas internas e reduziu os impostos das exportações;
·         Indústria: Acabou com os monopólios;
·         Territórios: Criou o Registo Civil, dividiu o território em províncias, comarcas e concelhos; criou circunscrições judiciais e o Supremo Tribunal de Justiça;
·         Finanças: Criou os impostos a nível nacional;
·         Educação e Cultura: Criou novas escolas e a Biblioteca Pública do Porto;
O objetivo da legislação promulgada por Mouzinho da Silveira foi criar um Estado moderno e liberal.
O setembrismo (1836/1842)
Em setembro de 1836 dá-se uma revolução civil que obrigou a rainha D. Maria (1826/1853) a revogar a Carta Constitucional e a jurar a Constituição de 1822 e a convocar eleições. O setembrismo foi um movimento da pequena e média burguesia, apoiada pelo povo que reagiam contra o domínio da alta burguesia que levara o país à miséria e o governo era acusado de corrupção.Os líderes setembristas eram o visconde Sá da Bandeira e Passos Manuel; O novo governo procurou  desenvolve rum país mais democrático; Em 1838, foi promulgada uma nova constituição (Constituição de 1838) que procurava um compromisso entre o conservadorismo da Carta Constitucional e o radicalismo da Constituição de 1822.

 Constituição de 1838:
O rei perde o poder moderador mas continua com a possibilidade de vetar definitivamente as leis; O voto é censitário; Dá relevo aos direitos individuais; Existem duas Câmaras: Deputados e Senadores;
Em termos económicos o governo setembrista tomou medidas protecionistas, aumentando as taxas alfandegárias para as importações ; Fomentou o associativismo comercial; Desenvolveram a exploração colonial em África, o tráfico de escravos foi proibido a sul do equador, para fomentar o desenvolvimento de outras áreas económicas (não baseadas na mão de obra escrava); Não aboliram as taxas fiscais aplicadas aos pequenos agricultores; Em termos económicos a política setembrista saldou-se por um relativo fracasso;Ao nível do ensino promoveu a reforma do ensino primário, secundário e universitário; Reformaram-se as universidades; Foram criados os liceus, onde se lecionava um ensino moderno que preparasse os filhos da burguesia para seguirem para estudos superiores; A criação dos liceus não teve efeitos imediatos, devido à falta de professores com preparação;

 O setembrismo falhou por não ter abolido os pesados impostos que recaíam sobre os pequenos agricultores e pelo facto de não ter aumentado as taxas dos grandes proprietários; Em termos de desenvolvimento industrial também se pode dizer que foi um relativo fracasso; A falta de capitais para investir e o seu desvio para fins especulativos e de usura dificultou o desenvolvimento económico; No entanto pode-se dizer que o governo setembrista permitiu algum desenvolvimento à burguesia;

 O cabralismo (1842/1851)
O governo setembrista enfrentou a oposição dos liberais mais radicais, como dos mais conservadores (cartistas); Em fevereiro de 1842, o ministro da Justiça, António Costa Cabral, através de um golpe de Estado pacífico, pôs termo à Constituição de 1838, com o apoio da rainha; O novo governo será conhecido por cabralismo, caracteriza-se por: poder autoritário, restauração da Carta Constitucional e representa o regresso ao poder da grande burguesia sob a bandeira da ordem pública e do desenvolvimento económico;
Principais medidas do cabralismo:

·         Fomento industrial (difusão do vapor);
·         Desenvolvimento das obras públicas (Companhia das Obras Públicas de Portugal(1844) (reparação e construção de estradas),
·         construíram-se pontes, entre essas a ponte sobre o rio Douro;
·         Realizou-se uma reforma fiscal (Código Administrativo de 1842),
·         criação do Tribunal de Contas para fiscalizar as despesas do estado;
A Lei da Saúde Pública (1846) proibia o enterramento nas Igrejas; Esta lei e o excesso de autoritarismo e burocracia do governo cabralista desencadearam duas movimentações de cariz popular; A revolta da Maria da Fonte e a Patuleia. Entre 1846 e 1847 vive-se num clima de guerra civil; Em abril/maio de 1846, no Minho, desencadeia-se a revolta da Maria da Fonte; A Patuleia decorre de outubro de 1846 a junho de 1847. Começa no Porto e alastra a todo o país.
O pretexto foi o facto do não cumprimento da promessa da rainha de realizar eleições por sufrágio direto para a Câmara dos Deputados; Alguns falam a depor a rainha e falam na implantação de uma República; Perante a gravidade da situação o governo pediu a intervenção da Espanha e da Inglaterra; Na Convenção do Gramido (Valbom, Gondomar, junho de 1847) foi assinada a paz entre as fações em disputa (setembrista e cabralistas); Costa Cabral foi demitido mas voltaria ao governo em 1849; Foi afastado do poder em 1851, pelo golpe militar do marechal  Duque de Saldanha, que instituiu a Regeneração (cartismo moderado).

Cronologia
1806- Bloqueio continental.
1807- 1º INVASÃO FRANCESA.
1808- CONVENÇÃO DE SINTRA
1808. ABERTURA DOS PORTOS DO BRASIL.
1808 -2º INVASÃO FRANCESA.
1810- 3º INVASÃO FRANCESA.
1815- BRASIL ELEVADO A REINO.
 1817, Gomes Freire de Andrade, liderou uma tentativa para mudar o regime
REVOLUÇÃO LIBERAL DO PORTO- 24/08/1820
INDEPENDENCIA DO BRASIL 1822.
1823. – VILA FRANCADA
1824.- ABRILADA
1826- MORTE DE D.JOÃO VI.
1826. CARTA CONSTITUCIONAL OUTORGADA POR D.PEDRO VI.





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